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Capítulo 14 - O Cristianismo em Transformação

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A Reforma Religiosa foi um movimento espiritual motivado pelas condições econômicas, sociais, politicas e intelectuais que caracterizava o século XVI. 
Esse movimento trouxe consequencias para praticamente todas essas áreas, por exemplo, no campo social a reforma contribuiu para o desenvolvimento de guerras camponesas; economicamente proporcionou um considerável crescimento comercial; e politicamente o protestantismo afetou toda a conjuntura internacional européia, causando as guerras de religião.
A Reforma Católica 

A contra-reforma 

Era necessário combater a propagação do protestantismo e reafirmar os dogmas católicos, negados pelos protestantes. Por isso, tornou-se urgente a reformulação moral, política e econômica da igreja católica. Foi criado o chamado “soldados de Cristo” eram jesuítas destinados reconstituir o clero e diminuir o crescimento do protestantismo. 

Para o sucesso da Contra-Reforma, muito contribuíram a ação de alguns papas reformistas como Paulo III, o apoio dado à Igreja por algumas ordens religiosas como a Companhia de Jesus e o Tribunal do Santo Ofício. 

O papa Paulo III foi o organizador do Concílio de Trento, onde foi reafirmada a doutrina católica. 



Concílio de Trento

Dentre as principais medidas, podemos destacar: a proibição da venda de indulgências, a organização do Índex dos Livros Proibidos, reaver a inquisição, converter nativos de novas terras através da catequese, a idolatria dos santos e da virgem. Dessas medidas a Inquisição se destaca, por ser uma forma repressora extremamente severa, na qual foram julgados muitos protestantes. 

Devido ao desenvolvimento naval, a contra-reforma foi mais expressiva na Espanha e Portugal, pois a Igreja enviou jesuítas para a América do sul e central, conseqüentemente os protestantes migraram para o norte da América.

Capítulo 13 - Arte e Tecnologia

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Renascimento, Renascença ou Renascentismo são os termos usados para identificar o período da História da Europa aproximadamente entre fins do século XIII e meados do século XVII, mas os estudiosos não chegaram a um consenso sobre essa cronologia, havendo variações consideráveis nas datas conforme o autor. Seja como for, o período foi marcado por transformações em muitas áreas da vida humana, que assinalam o final da Idade Média e o início da Idade Moderna. Apesar de estas transformações serem bem evidentes na cultura, sociedade, economia, política e religião, caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo e significando uma ruptura com as estruturas medievais, o termo é mais comumente empregado para descrever seus efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências.
O Humanismo pode ser apontado como o principal valor cultivado no Renascimento. Baseia-se em diversos conceitos associados: Antropocentrismo, Hedonismo, Racionalismo, Otimismo e Individualismo. O Humanismo, antes que um corpo filosófico, é um método de aprendizado que faz uso da razão individual e da evidência para chegar às suas conclusões, paralelamente à consulta aos textos originais, ao contrário da escolástica medieval, que se limitava ao debate das diferenças entre os autores e comentaristas. O Humanismo afirma a dignidade do homem e o torna o investigador por excelência da natureza. Na perspectiva do Renascimento, isso envolveu a revalorização da cultura clássica antiga e sua filosofia, com uma compreensão fortemente antropocentrista e racionalista do mundo, tendo o homem e seu raciocínio lógico e sua ciência como árbitros da vida manifesta.  Seu precursor foi Petrarca, e o conceito se consolidou no século XV principalmente através dos escritos de Erasmo de Roterdão, Pico della Mirandola e Thomas More.
As artes no Renascimento
Nas artes o Renascimento se caracterizou, em linhas muito gerais, pela inspiração nos antigos gregos e romanos, e pela concepção de arte como uma imitação da natureza, tendo o homem nesse panorama um lugar privilegiado. Mas mais do que uma imitação, a natureza devia, a fim de ser bem representada, passar por uma tradução que a organizava sob uma óptica racional e matemática, num período marcado por uma matematização de todos os fenômenos naturais. Na pintura a maior conquista da busca por esse "naturalismo organizado" foi a recuperação da perspectiva, representando a paisagem, as arquiteturas e o ser humano através de relações essencialmente geométricas e criando uma eficiente impressão de espaço tridimensional; na música foi a consolidação do sistema tonal, possibilitando uma ilustração mais convincente das emoções e do movimento; na arquitetura foi a redução das construções para uma dimensão mais humana, abandonando-se as alturas transcendentais das catedrais góticas; na literatura, a introdução de um personagem que estruturava em torno de si a narrativa e mimetizava até onde possível a noção de sujeito.

Características Principais: 


- Valorização da cultura greco-romana. Para os artistas da época renascentista, os gregos e romanos possuíam uma visão completa e humana da natureza, ao contrário dos homens medievais;

- As qualidades mais valorizadas no ser humano passaram a ser a inteligência, o conhecimento e o dom artístico;

- Enquanto na Idade Média a vida do homem devia estar centrada em Deus ( teocentrismo ), nos séculos XV e XVI o homem passa a ser o principal personagem (antropocentrismo);

- A razão e a natureza passam a ser valorizadas com grande intensidade. O homem renascentista, principalmente os cientistas, passam a utilizar métodos experimentais e de observação da natureza e universo.
Durante os séculos XIV e XV, as cidades italianas como, por exemplo, Gênova, Veneza e Florença, passaram a acumular grandes riquezas provenientes do comércio. Estes ricos comerciantes, conhecidos como mecenas,  começaram a investir nas artes, aumentando assim o desenvolvimento artístico e cultural. Por isso, a Itália é conhecida como o berço do Renascentismo.  Porém, este movimento cultural não se limitou à Península Itálica. Espalhou-se para outros países europeus como, por exemplo, Inglaterra, Espanha, Portugal, França, Polônia e Países Baixos.  

Renascimento Científico 
Na área científica podemos mencionar a importância dos estudos de astronomia do polonês Nicolau Copérnico. Este defendeu a revolucionária idéia do heliocentrismo (teoria que defendia que o Sol estava no centro do sistema solar). Copérnico também estudou os movimentos das estrelas.
 Galileu Galilei: um dos principais representantes do Renascimento Científico
Nesta mesma área, o italiano Galileu Galilei desenvolveu instrumentos ópticos, além de construir telescópios para aprimorar o estudo celeste. Este cientista também defendeu a idéia de que a Terra girava em torno do Sol. Este motivo fez com que Galilei fosse perseguido, preso e condenado pela Inquisição da Igreja Católica, que considerava esta idéia como sendo uma heresia. Galileu teve que desmentir suas idéias para fugir da fogueira.
A invenção da prensa móvel, feita pelo inventor alemão Gutenberg em 1439, revolucionou o sistema de produção de livros no século XV. Com este sistema, que substituiu o método manuscrito, os livros passaram a ser feitos de forma mais rápida e barata. A invenção foi de extrema importância para o aumento da circulação de conhecimentos e ideias no Renascimento.

http://www.suapesquisa.com/renascimento/
             http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento
http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/adrienearaujo/historia017.asp

Capítulo 12 - A Diáspora Africana

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Povos Africanos Na Epoca Moderna:
Os ibericos, principalmente os portugueses, iniciaram a conquista da África que, dos séculos XV a XVIII, foi periférica. Em 1415 os lusos tomavam Ceuta. Logo uma série de pontos no litoral norte-africano caíram em mãos europeias. Nessa ocupação restrita, a expansão da fé cristã representou importante papel. Contra essa intervenção, santos locais ou marabus insuflaram a guerra santa. Independecia e luta contra o infiel caracterizaram os movimentos berberes. A reação nativa estava presa também à decadência do tráfico caravaneiro no Saara em demanda do Maghreb, pois os portugueses e depois holandeses, ingleses e fanceses desviaram para o litoral atlântico o comércio de ouro e escravos. No começo do seculo XVI, os turcos otomanos, que destruíram o imperio bizantino e irromperam na Berberia, ocupam postos estratégicos no litoral, dedicando-se ao corso do comércio cristão no Mediterraneo. Internamente os conflitos turco-arabe-berberes delinearam as atuais Tunisia, Argelia e Marrocos. Os turcos deram ao norte da África uma organização baseada nos chefes locais, prestando tributo a Constatinopla. Aos poucos, o dominio do sultão tornou-se nominal, deixando aos governadores militares a iniciativa na administração e conquista.
Diáspora africana, também chamada de Diáspora Negra, é o nome que se dá ao fenômeno sociocultural e histórico que ocorreu em países além África devido à imigração forçada, por fins escravagistas mercantis que perduraram da ao final do seculo XIX, de africanos (em especial africanos de pele escura chamados Idade Moderna pela cultura ocidental de negros ou afrodescendentes).


A Inserção Do escravismo No Sistema Economico Mundial:
Com a interferencia europeia, as praticas de escravidão mudaram completamnete na Africa. Alguns grupos se especializaram em fazer guerra com o objetivo unico de capturar prisioneiros e vende-los.
Segundo o historiador Charles Boxer, o grosso dos africanos escravizados obtidos pelos  portugueses na Africa ocidental foi de inicio comprado na costa da Guiné e quase todos pertenciam à etnia sudanesa ocidental. Guiné era o termo usado para denominarf uma região  mais ampla que a Guiné atual e ia da embocadura do Rio Senegal até o Rio Orange. O Centro do comercio deslocou-se depois em direção ao sul, para o reino banto do Congo, e posteriormente para o Reino de Angola.
A área ocupada hoje pela Guiné fez parte do território de diversos povos africanos, incluindo o império Songai, no período entre os séculos X e XV, quando a região tomou contato pela primeira vez com os comerciantes europeus.
O período colonial da Guiné se iniciou quando tropas francesas penetraram na região em meados do século XIX. A dominação francesa foi assegurada ao derrotarem as tropas de Samory Toure, guerreiro de etnia malinke, o que deu aos franceses o controle do que é hoje a Guiné, e de regiões adjacentes.
A França definiu, em fins do século XIX e início do XX, as fronteiras da atual Guiné com os territórios britanico e português que hoje formam, respectivamente, serra Leoa e Guiné-Bissau. Negociou ainda a fronteira com a Libériaa. Sob domínio francês, a região passou a ser o Território da Guiné dentro da Africa Ocidental Francesa, administrada por um governador-geral residente em Dakar (atualmente, capital do Senegal). Tenentes-governadores administravam as colônias individuais, incluindo a Guiné.

Escravos Africanos Na America:
A partir da descoberta do continente americano pelos europeus em 1492, o continente foi submetido a uma exploração brutal de seus bens. Para extrair os recursos naturais da natureza, os ameríndios foram sacrificados em massa, a exemplo nas Antilhas, onde o extermínio foi completo. Assim, foi iniciada a escravidão na América latina, primeiros com os habitantes nativos, mais tarde, com os africanos trazidos para o Novo Mundo.
Com a introdução das Leis Novas de Carlos V, foi proibido o tratamento de índios como bichos (burros de carga), pelo menos na teoria. Como já não sobraram tantos indígenas depois das várias epidemias, começaram a importar escravos da África, já que a demanda por oferta de trabalho ainda continuava a crescer. Inclusive o frei Bartolomé de las Casas recomendava a escravidão dos africanos para aliviar a dura sorte dos índios.
Em 1518, a Coroa espanhola deu a primeira licença para introduzir quatro mil homens às Índias durante oito anos. Este foi o primeiro daqueles asientos de negros, que por muito tempo foram uma sangrenta e lucrativa fonte de ingresso para os gerentes da Europa. Além do negócio oficial, o contrabando de escravos também era feito, na maioria das vezes por piratas e comerciantes não católicos.
A princípio, o comércio foi controlado pelos portugueses, os quais já haviam exportado escravos do Congo desde 1441. Os portugueses seguiram sendo os mercadores de escravos de maior destaque até o começo do século XVII, quando são superados pelos neerlandeses, franceses e ingleses.
No ano de 1713, a British South Sea Company obteve o asiento indefinido como compensação pela Guerra da Sucessão Espanhola. Em 1789, foi permitido o livre comércio de escravos para todas as nações. Em Cuba, então parte do Império Espanhol, a escravidão foi legal até 1886 e, no Brasil, foi até 1888.
O negreiros realizaram o chamado "comérico triangular". Pegavam rum, tabaco e armas da Europa para trocar por escravos e marfim na Africá e depois vender os escravos com lucros na America, donde partiam com materia-prima e minerios para Europa. Durante o trafico negreiro, cerca de metade dos escravizados morriam.
Não há cifras exatas sobre a quantidade de vitimas das atrocidades cometidas. Estudiosos afirmam que entre os seculos XVI e XIX, um total de cem milhões de pessoas foram deportadas ou morreram durante o trafico. Esta cifra refere-se ao tráfico total (ocidental e oriental), contando também os mortos das guerras de escravização. Estimativas do número de escravos que foram transportados para as Americas alcançam os quatorze milhões (13.750.000).

Os Escravos Na Economia Colonial:
A África era vista como reserva de mão-de-obra escrava, a serem tirados de sua nação e exportados para vários países.

Durante os primeiros quatro séculos - do século 15 à metade do 19 - de contato dos navegantes europeus com o Continente Negro, a África foi vista apenas como uma grande reserva de mão-de-obra escrava, a “madeira de ébano” a ser extraída e exportada pelos comerciantes. Traficantes de quase todas as nacionalidades montaram feitorias nas costas da África.

As simples incursões piratas que visavam inicialmente atacar de surpresa do litoral e apresar o maior número possível de gente foram dando lugar a um processo mais elaborado.

Os mercadores europeus, com o crescer da procura por mão-de-obra escrava, motivada pela instalação de colônias agrícolas na América, associaram-se militarmente e financeiramente com sobas e régulos africanos, que viviam nas costas marítimas, dando-lhes armas, pólvora e cavalos para que afirmasse sua autoridade numa extensão a maior possível.

Os prisioneiros das guerras tribais eram encarcerados em “barracões”, em armazéns costeiros, onde ficavam a espera da chegada dos navios tumbeiros ou negreiros que os levariam como carga humana pelas rotas transatlânticas.

Os principais pontos de abastecimento de escravos, pelos menos entre os séculos 17 e 18 eram o Senegal, Gâmbia a Costa do Ouro e a Costa dos Escravos. O delta do Negar, o Congo e Angola serão grandes exportadores nos séculos 18 e 19.

Quantos escravos foram afinal transportados pelo Atlântico? Há muita divergência entre os historiadores, alguns chegaram a projetar 50 milhões, mas Rua Certe (in Te Atlântica cave tarde: A cenhos, 1969) estima entre 9 a 10 milhões, a metade deles da África Ocidental, sendo que o apogeu do tráfico ocorreu entre 1750 a 1820, quando os traficantes carregaram em média uns 60 mil por ano.

O tráfico foi o principal responsável pelo vazio demográfico que acometeu a África no século 19.

Pacto colonial: o pacto colonial pode ser entendido como uma relação de dependência econômica que beneficiava as metrópoles. Ao participarem do comércio como fornecedoras de produtos primários (baratos) e consumidoras dos produtos manufaturados (caros), as colônias dinamizavam as economias das metrópoles propiciando-lhes acúmulo de riquezas.
Portugal procurou criar as condições para o Brasil se enquadrar no pacto colonial. Os portugueses concentraram seus esforços para a colônia se transformar num grande produtor de açúcar de modo a abastecer a demanda do mercado internacional e beneficiar-se dos lucros de sua comercialização.
Além da crescente demanda consumidora por esse produto, havia mais dois fatores importantes que estimularam o investimento na produção açucareira. Primeiro, os portugueses possuíam experiência e tinham sido bem-sucedidos no cultivo da cana-de-açúcar em suas possessões no Atlântico: nas ilhas Madeira, Açores e Cabo Verde. Segundo, as condições do clima e do solo do nosso litoral nordestino eram propícias a esse plantio. Em 1542, o donatário da próspera capitania de Pernambuco, Duarte Coelho, já havia introduzido a cana-de-açúcar em suas terras.
Plantation: o plantio da cana-de-açúcar foi realizado em grandes propriedades rurais denominadas de latifúndio monocultor ou plantation. Essas propriedades também ficaram conhecidas como engenhos, porque, além das plantações, abrigavam as instalações apropriadas e os equipamentos necessários para o refino do açúcar: a moenda, a caldeira e a casa de purgar.
Para o processo de produção e comercialização do açúcar ser lucrativo ao empreendimento colonial, os engenhos introduziram a forma mais aviltante de exploração do trabalho humano: a escravidão. A introdução do trabalho escravo nas grandes lavouras baixava os custos da produção.
Toda a riqueza da colônia foi produzida pelo trabalho escravo, baseado na importação de negros capturados à força na África.
O contexto social da colonização e da superexploração da mão-de-obra pela lavoura canavieira tornava inviável contar com o trabalho dos homens livres.
Com terras abundantes, os homens livres poderiam facilmente se apropriar de uma gleba e desenvolver atividades de subsistência. Ou seja, não havia nem incentivo nem necessidade de que a população livre trabalhasse no engenho. Completando o quadro, os portugueses também exploravam o lucrativo de tráfico de escravos negros africanos. E a simples existência do tráfico já constituía um estímulo à utilização desta mão-de-obra nas colônias pertencentes a Portugal.


Conclusão do Grupo

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Com esse trabalho, conseguimos conciliar a tecnologia com a história antiga. Podemos fazer dos computadores nossos maiores "aliados" na aprendizagem da matéria, e com as buscas no passado.

Capítulo 7 - Como Surgiu a Europa

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Para Vasco Pulido Valente, a Europa nasceu por oposição à América e à União Soviética (Público, 10/6/2005). Como a América se isolou progressivamente da cena internacional e a União Soviética se desfez, a Europa perdeu os "contra" que exigiram a sua união. Assim a Europa desfar-se-á fatalmente.
Concordo com Pulido Valente quando ele põe de parte a música dos ideais de democracia e segurança. A Europa não se formou para impedir a repetição das guerras que incendiaram o nosso continente. Portanto, são verdadeiramente risíveis os que à esquerda, perdidas as esperanças utópicas no leste, na China, em Cuba ou na Albânia, assentaram todo o seu discurso numa espécie de ideal socialista europeu.
Mas discordo de Pulido Valente, por ignorar outras motivações mais poderosas e que continuarão a estar presentes por muito tempo. Na verdade, a Comunidade Europeia nasceu do Mercado Comum, tal como a Alemanha nasceu do Zollverein bismarquinano. Só que a União Europeia já foi muito além de uma simples união aduaneira. Libertou os movimentos dos trabalhadores, construindo uma união económica internacional muito coesa.
Penso que a integração económica e política da Europa continuará, porque o que está em causa são interesses muito poderosos. E surgirão blocos económicos em África na Ásia e na América (SADCC na África Austral, MercoSul na América Latina, Nafta a norte), cada vez mais coesos. Surgirão problemas por causa dos que ficarem de fora destas integrações. Como, por exemplo, entre os países árabes, entre a Índia e o Pquistão, a Rússia e os seus vizinhos islâmicos, a China, Taiwan e o Japão, Singapura, Malásia e Indonésia.
Embora 3 destes países constituamem si mesmos, com vantagem, equivalentes económicos da Europa, em dimensão e em grau unidade e de diversidade linguística e cultural, o problema colocar-se-á em termos de quem é que liderará esses processos - os atritos entre a China e o Japão explicam-se em parte por isso: a China recusa ser liderada pelo Japão.
Portanto, não me parece que a Europa se venha a desfazer. Uma boa parte dos nacionalismos europeus emergentes são um protesto contra a perda de vantagens que a liberalização crescente do mercado internacional, acarretará para nós, trabalhadores europeus. 

Capítulo 11 - A Colônia Portuguesa na América

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Denominamos período pré-colonial a fase transcorrida entre a chegada da esquadra de Pedro Álvares Cabral e o primeiro projeto nitidamente colonizador empreendido por Martim Afonso de Souza em 1531. Apesar de Portugal, nesse período, voltar sua atenção para o comércio com as índias, é inegável também, a preocupação da coroa portuguesa com as terras americanas, que naquele momento sofria o assédio de outras nações européias desejosas em instalar domínios no Novo Mundo.



Características:
  • presença de expedições exploratórias portuguesas no litoral brasileiro,
  • extrativismo vegetal (Pau - Brasil) como principal atividade econômica - em 1501, o Rei de Portugal, deu a Fernão de Noronha ( que estava associado a comerciantes judeus) a primeira concessão para a exploração do Pau - Brasil;
  • criação de feitorias: postos de armazenamento de madeiras que seriam embarcadas para Portugal;
  • primeiros contatos com os habitantes da terra (ameríndios) e o início de um comércio a base de ttrocas (escambo);
  • presença de piratas e contrabandistas, principalmente franceses, no litoral brasileiro.


"Entre os anos de 1534 e 1536, o rei de Portugal D. João III resolveu dividir a terra brasileira em faixas, que partiam do litoral até a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas. Estas enormes faixas de terras, conhecidas como Capitanias Hereditárias, foram doadas para nobres e pessoas de confiança do rei. Estes que recebiam as terras, chamados de donatários, tinham a função de administrar, colonizar, proteger e desenvolver a região. Cabia também aos donatários combater os índios de tribos que tentavam resistir à ocupação do território. Em troca destes serviços, além das terras, os donatários recebiam algumas regalias, como a permissão de explorar as riquezas minerais e vegetais da região. "


Capítulo 10 - A Expansão Européia

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A Unificação do Mundo

O mundo por volta de 1500 pode ser descrito em parte pelas civilizações e culturas que compunham, Europa Cristã, o império turco, uma África com forte presença islâmica ao norte e composta por diversos reinos e tribos e impérios na sua parte meridional.
A Europa não passava de uma periferia apagada. A Idade Moderna e o período em que se estuda como foi que a Europa criou, ao longo dos séculos seguintes, e sob sua liderança uma economia mundial. Não foram apenas as navegações européias as responsáveis por isso. Embora o comercio tenha existido desde os primórdios da humanidade e o lucro tenha sido a base disso, o capitalismo foi a “invenção” que permitiu – e exigiu – essa transformação mundial.


Emergindo da Idade Media

O final da Idade Media foi difícil para os europeus. A guerra dos Cem Anos entre a França e a Inglaterra, a epidemia da peste negra e a desorganização da produção agrícola, que levou a um surto de fome, tiveram profundas conseqüências. Muitas rotas comerciais terrestres foram interrompidas, a população diminuiu significantemente.
A empreitada de enfrentar a desconhecida navegação no oceano Atlântico exigia investimentos de vulto, estavam muito alem das possibilidades de qualquer cidade européia isoladamente. Por isso, a expansão marítima so foi possível onde havia uma população unificada por centralização monárquica.


O Estado Moderno

A formação dos estados modernos na Europa, ou seja, a centralização do poder por um estado, denominando varia cidades, iniciou-se com a aproximação entre a monarquia e a burguesia, que tinha o mesmo interesse e recursos monetários. Com os recursos, mantinha uma poderosa administração estatal, com vasta burocracia, constituída essencialmente de membros da nobreza, que sustentavam seu poder.
Dessa forma, tanto nobres tanto burgueses continuavam dependentes do rei. Juntos e articulados na estrutura do Estado Moderno, monarcas, burgueses e nobres combinavam poderes que asseguravam a ordem, a submissão da população, a dinâmica comercial e os privilégios. Essas características corresponderam ao chamado Antigo Regime, denominação criada mais tarde, durante a Revolução Francesa, em referencia ao período anterior, de domínio absolutista.

As Navegações Portuguesas

A participação dos portugueses no comercio europeu ganhou impulso no inicio do século XV. A precoce centralização monárquica – com a Revolução de Avis, em 1385. Esse contexto foi favorecido pelos estudos náuticos liderados por D. Henrique, o navegador (1394-1460). Esse filho mais novo dos monarcas portugueses atraiu para sua residência em Sagres, Algarve, navegadores, cosmológicos, cartógrafos, mercadores e aventureiros, desde o inicio do século XV. O conjunto de conhecimentos ali desenvolvidos tornou viável o projetos expansionistas português, que acabou por superar as limitações ao comercio continental europeu do século XV.
Em 1498, Vasco da Gama alcançou final mente as Índias, em expedição de reconhecimento. Dois anos depois, partiu a primeira grande frota destinadas a fazer comercio em larga escala com o Oriente, comandada por Pedro Álvares Cabral, que chegou ao litoral do novo continente, a América, na costa do território que viria a ser o Brasil.

Por que a China não descobriu a  Europa

Os chineses fizeram grandes expedições marítimas, chegando a Calicute na Índia, quase um século antes de Cabral. Alem disso disso, estiveram no sul da África Oriental e entraram pelo Mar Vermelho, enquanto os portugueses mal começaram a se aventurar na costa da África. Entretanto antes da década de 1940, a expansão marítima chinesa estagnou. E isso antes que pudessem dar a vota na África e chegar a Portugal ou ao Mediterrâneo. Varias hipóteses foram levantadas para explicar essa situação. Historiadores como Pierre Chaunum pesquisaram o assunto e sustentam que há indícios de que os motivo foi, pelo menos em parte, estrutura social chinesa. Desde a dinastia  Han, a China associava uma economia quase exclusivamente agrícola com uma forte burocracia estatal que incluía administradores, engenheiros e letrados de um modo geral. Essa burocracia não era hereditária, mas escolhida por concurso público, e tinha prestigio e renda alta. Assim, nem a propriedade privada nem a busca individual por riqueza tinha importância social significativa. O estado chinês em geral resistia a iniciativa privada.


As Navegações Espanholas

Pouco antes de a expansão Marítima portuguesa atingir o objetivo de chegar as Índias a Espanha acabou por organizar expedições atlânticas, tornando-se a segunda monarquia européia a faze-lo. A primeira viagem espanhola, bastante modesta, foi concebida em 1492 pelo navegador Genovês Cristóvão Colombo. Partiu em agosto daquele ano em três pequena caravela, com o objetivo de atingir as Índias contornando o Globo terrestre, navegando sempre em direção ao Ocidente. Procurava, desse modo, uma rota alternativa aquela controla pelos portugueses no sul, em torno da África.
Foi criada o Tratado de Tordesilhas, que estipulava que todas as terras a oeste do Meridiano de Tordesilhas (situados 370 leguas da oeste do arquipélago de Cabo Verde) pertenceria a Espanha, enquanto as terras a leste seria portuguesas. Os demais estados europeus rejeitaram o tratado, e durante toda a Idade Moderna, ocorreram disputas pelos territórios recém-descobertos.



O Mercantilismo

Uma das medidas adotadas pelos reis europeus para promover o fortalecimento financeiro do estado moderno foi a adoção de um conjunto de praticas econômicas conhecidas como Mercantilismo. Vale observar que esse termo não existia nesse período, ele so passou a ser usado por economistas no final do século XVIII, referindo se as rígidas praticas intervencionistas do estado na economia durante os séculos XV a XVIII. O Ideal Metalista era a concepção de que uma maior quantidade de metais preciosos viabilizaria a obtenção de maior riqueza. Ter mais moedas (Ouro-Prata) era um meio para a compra de terras e títulos e para o estado, mais poderes e domínios. Outras praticas visavam obter uma balança comercial favorável, que associava o poderio e a riqueza de uma nação e sua capacidade de exportar mais que importar. Baseados nesses entendimento sobre recursos econômicos, muitos Reis adotaram medidas para ampliar as exportações. Essas praticas mostraram um alto grau de intromissão do estado nas atividade produtivas, compondo uma política econômica intervencionista. Paises como França e Inglaterra retardatários no processo de Expansão Marítima, pobres em colônias, enfatizaram outros aspectos do Mercantilismo , como o industrialismo.