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Capítulo 10 - A Expansão Européia

A Unificação do Mundo

O mundo por volta de 1500 pode ser descrito em parte pelas civilizações e culturas que compunham, Europa Cristã, o império turco, uma África com forte presença islâmica ao norte e composta por diversos reinos e tribos e impérios na sua parte meridional.
A Europa não passava de uma periferia apagada. A Idade Moderna e o período em que se estuda como foi que a Europa criou, ao longo dos séculos seguintes, e sob sua liderança uma economia mundial. Não foram apenas as navegações européias as responsáveis por isso. Embora o comercio tenha existido desde os primórdios da humanidade e o lucro tenha sido a base disso, o capitalismo foi a “invenção” que permitiu – e exigiu – essa transformação mundial.


Emergindo da Idade Media

O final da Idade Media foi difícil para os europeus. A guerra dos Cem Anos entre a França e a Inglaterra, a epidemia da peste negra e a desorganização da produção agrícola, que levou a um surto de fome, tiveram profundas conseqüências. Muitas rotas comerciais terrestres foram interrompidas, a população diminuiu significantemente.
A empreitada de enfrentar a desconhecida navegação no oceano Atlântico exigia investimentos de vulto, estavam muito alem das possibilidades de qualquer cidade européia isoladamente. Por isso, a expansão marítima so foi possível onde havia uma população unificada por centralização monárquica.


O Estado Moderno

A formação dos estados modernos na Europa, ou seja, a centralização do poder por um estado, denominando varia cidades, iniciou-se com a aproximação entre a monarquia e a burguesia, que tinha o mesmo interesse e recursos monetários. Com os recursos, mantinha uma poderosa administração estatal, com vasta burocracia, constituída essencialmente de membros da nobreza, que sustentavam seu poder.
Dessa forma, tanto nobres tanto burgueses continuavam dependentes do rei. Juntos e articulados na estrutura do Estado Moderno, monarcas, burgueses e nobres combinavam poderes que asseguravam a ordem, a submissão da população, a dinâmica comercial e os privilégios. Essas características corresponderam ao chamado Antigo Regime, denominação criada mais tarde, durante a Revolução Francesa, em referencia ao período anterior, de domínio absolutista.

As Navegações Portuguesas

A participação dos portugueses no comercio europeu ganhou impulso no inicio do século XV. A precoce centralização monárquica – com a Revolução de Avis, em 1385. Esse contexto foi favorecido pelos estudos náuticos liderados por D. Henrique, o navegador (1394-1460). Esse filho mais novo dos monarcas portugueses atraiu para sua residência em Sagres, Algarve, navegadores, cosmológicos, cartógrafos, mercadores e aventureiros, desde o inicio do século XV. O conjunto de conhecimentos ali desenvolvidos tornou viável o projetos expansionistas português, que acabou por superar as limitações ao comercio continental europeu do século XV.
Em 1498, Vasco da Gama alcançou final mente as Índias, em expedição de reconhecimento. Dois anos depois, partiu a primeira grande frota destinadas a fazer comercio em larga escala com o Oriente, comandada por Pedro Álvares Cabral, que chegou ao litoral do novo continente, a América, na costa do território que viria a ser o Brasil.

Por que a China não descobriu a  Europa

Os chineses fizeram grandes expedições marítimas, chegando a Calicute na Índia, quase um século antes de Cabral. Alem disso disso, estiveram no sul da África Oriental e entraram pelo Mar Vermelho, enquanto os portugueses mal começaram a se aventurar na costa da África. Entretanto antes da década de 1940, a expansão marítima chinesa estagnou. E isso antes que pudessem dar a vota na África e chegar a Portugal ou ao Mediterrâneo. Varias hipóteses foram levantadas para explicar essa situação. Historiadores como Pierre Chaunum pesquisaram o assunto e sustentam que há indícios de que os motivo foi, pelo menos em parte, estrutura social chinesa. Desde a dinastia  Han, a China associava uma economia quase exclusivamente agrícola com uma forte burocracia estatal que incluía administradores, engenheiros e letrados de um modo geral. Essa burocracia não era hereditária, mas escolhida por concurso público, e tinha prestigio e renda alta. Assim, nem a propriedade privada nem a busca individual por riqueza tinha importância social significativa. O estado chinês em geral resistia a iniciativa privada.


As Navegações Espanholas

Pouco antes de a expansão Marítima portuguesa atingir o objetivo de chegar as Índias a Espanha acabou por organizar expedições atlânticas, tornando-se a segunda monarquia européia a faze-lo. A primeira viagem espanhola, bastante modesta, foi concebida em 1492 pelo navegador Genovês Cristóvão Colombo. Partiu em agosto daquele ano em três pequena caravela, com o objetivo de atingir as Índias contornando o Globo terrestre, navegando sempre em direção ao Ocidente. Procurava, desse modo, uma rota alternativa aquela controla pelos portugueses no sul, em torno da África.
Foi criada o Tratado de Tordesilhas, que estipulava que todas as terras a oeste do Meridiano de Tordesilhas (situados 370 leguas da oeste do arquipélago de Cabo Verde) pertenceria a Espanha, enquanto as terras a leste seria portuguesas. Os demais estados europeus rejeitaram o tratado, e durante toda a Idade Moderna, ocorreram disputas pelos territórios recém-descobertos.



O Mercantilismo

Uma das medidas adotadas pelos reis europeus para promover o fortalecimento financeiro do estado moderno foi a adoção de um conjunto de praticas econômicas conhecidas como Mercantilismo. Vale observar que esse termo não existia nesse período, ele so passou a ser usado por economistas no final do século XVIII, referindo se as rígidas praticas intervencionistas do estado na economia durante os séculos XV a XVIII. O Ideal Metalista era a concepção de que uma maior quantidade de metais preciosos viabilizaria a obtenção de maior riqueza. Ter mais moedas (Ouro-Prata) era um meio para a compra de terras e títulos e para o estado, mais poderes e domínios. Outras praticas visavam obter uma balança comercial favorável, que associava o poderio e a riqueza de uma nação e sua capacidade de exportar mais que importar. Baseados nesses entendimento sobre recursos econômicos, muitos Reis adotaram medidas para ampliar as exportações. Essas praticas mostraram um alto grau de intromissão do estado nas atividade produtivas, compondo uma política econômica intervencionista. Paises como França e Inglaterra retardatários no processo de Expansão Marítima, pobres em colônias, enfatizaram outros aspectos do Mercantilismo , como o industrialismo.   
               

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